segunda-feira, 26 de julho de 2010

DÉCIMO SEXTO DIA

15/05/2010 - Saímos de Salvador às 8:30 h – passamos por Conceição do Jacuípe (BA); Coração de Maria até chegar em Irará (BA), onde residem alguns parentes da Dona Izabel, mãe do Alberto. Foi ali que ela nasceu e viveu a sua infância. Irará é uma cidade pacata do interior da Bahia e localiza-se a 137 km de Salvador, na microrregião de Feira de Santana, tem uma população de aproximadamente 30 mil habitantes e sofre com os problemas do sertão – vegetação de caatinga e solo seco. Devo confessar que foi um dos lugares mais interessantes que conheci na viagem. A feira de Irará é impressionante. A partir das 5 da manhã os sertanejos começam chegar à feira. Às principais ruas da cidade vira um pedacinho de cada um. Ali, vende-se de tudo, troca e financia, se apalavra a venda de um queijo bom e vende-se até fiado. Tudo para que as duas partes possam voltar para suas casas felizes. Na Praça da Purificação, onde existe o mercado municipal que comercializa farinha e os demais derivados da mandioca, começam as vendas que se espalham pelo chão, em cima de esteiras de palha, e em pequenas barracas, vendem todo tipo de verduras, frutas e leguminosas. Seguindo em direção à rua principal esse horti-fruti vai virando comércio de objetos, baldes, bacias, penicos, cofres e uma infinidade de produtos de couro e para uso de sertanejo. No final da rua tem o Mercado da carne, um barracão enorme onde os açougues se espalham com carnes penduradas ao ar livre, contrariando todas as regras de higiene. No entanto, as carnes ficam expostas por pouco tempo, pois o movimento é muito grande e o estoque logo acaba. Um fato pitoresco foi que no caminho encontramos um carro de som anunciando Velório. Segundo fomos informados, é costume quando morre uma pessoa na região eles utilizarem o carro de som para avisar os moradores sobre o ocorrido. O povo de Irará é muito simples e hospitaleiro e eles se orgulham de dois conterrâneos famosos: o cantor Tom Zé e o Goleiro Dida.
No mesmo dia seguimos viagem, passamos por Coração de Maria, Conceição do Jacuípe, Feira de Santana e seguimos pela BR 116. Nessa estrada o tráfego de caminhões é enorme e as reformas da pista provocam paralisações constantes, sendo que teve trechos que ficamos quase duas horas na espera do trânsito ser liberado. No trajeto passamos por Milagres (BA), conhecemos a caatinga onde se verifica a presença de arbustos com galhos retorcidos e com raízes profundas; além de cactos, bromélias e mandacaru. A nossa intenção era chegar a Vitória da Conquista no mesmo dia, mas as constantes paralisações nos obrigaram a parar em Jequié para dormir, pois havia escurecido, mesmo sendo 6 horas da tarde. Hospedamo-nos no hotel Vision, tomamos um banho e saímos para o jantar. Optamos por uma Pizza numa Pizzaria há uma quadra do hotel.






Na foto ao lado: Célia e Vera
na Feira de Irará – (BA).













Na foto ao lado: Mercado Municipal
– Irará - (BA).








Na foto ao lado: Parte interna
do Mercado Municipal
– Irará (BA) – Comércio de
Farinha e Feijão.





Na foto ao lado: Vegetação da caatinga
– Estrada BR-116 – próximo
a Jequié – (BA).









Na foto ao lado: Trânsito parado
na BR-116 – Próximo a Jequié – (BA).

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